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sábado, 14 de setembro de 2013

A NOBREZA DE SER ÚTIL AO MINISTÉRIO.

Útil.
Que palavra tão pequena não é mesmo? Mas que expressa tão poderosa grandeza! Sentir-se útil é sentir-se vivo; saudável; capaz. Ser útil é estar atuante e integrado; ser útil é o que existe de mais nobre para um ser pensante, ainda mais se esta utilidade estiver vinculada ao Reino de Deus. Imagine: ser útil é bom; ser útil ao Reino de Deus é ainda melhor.

ILUSTRAÇÃO:
Certa vez, um homem desiludido com a vida e com os seus problemas quis se matar. Foi até a beira de um lago muito fundo e pensou em se jogar naquelas águas frias. Enquanto ele pensava nos seus entes queridos e na dor que seria morrer afogado, alguém pulou no lago antes que ele e começou a se afogar. Ao perceber que a pessoa não sabia nadar e iria perecer, o homem lançou-se nas águas turvas, não mais para se matar, mas agora para tentar salvar a vida de alguém que ele nem mesmo conhecia. Enquanto nadava e lutava com as águas do lago tentando resgatar quem ele nem mesmo conhecia, o homem percebeu uma mulher já sem consciência indo para o fundo e resgatou-a. Ao sair das águas com ela nos braços, entregou-a aos paramédicos que após vários procedimentos conseguiram trazê-la de volta. Sozinho em casa, depois do ocorrido, o homem se alegrou e percebeu o quanto havia sido útil naquela ocasião e desistiu do suicídio dizendo a si mesmo: eu não quero mais morrer! Agora eu seu que sou útil para alguém!
Coloquemo-nos em pé, abramos nossas Bíblias em II Timóteo 4. 11. Leiamos:
Diante deste texto que nós lemos e diante destas verdades que já temos compartilhado, eu quero vos pregar o seguinte tema:
Diante este texto que acabamos de ler, quero pregar sob o seguinte tema:

“A nobreza de ser útil ao ministério”.
                       
Em primeiro lugar,...
                        F. T.:... Quando somos úteis ao Reino de Deus...
I -... Somos úteis para as pessoas envolvidas no Reino;

Para entendermos o significado de ser útil para as pessoas envolvidas no reino precisamos olhar para a vida deste homem chamado João Marcos.

Paulo da referência dele apresentando-o como sobrinho de Barnabé:
Cl. 4.10 - Aristarco, que está preso comigo, vos saúda, e Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o.

Morava em Jerusalém, na casa onde os cristãos se reuniam; sua mãe chamava-se Maria:
At. 12.12 - E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam.

Ele fazia a obra missionária auxiliando Paulo e Barnabé:
At. 12.25 - E Barnabé e Saulo, havendo terminado aquele serviço, voltaram de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha por sobrenome Marcos.

Seu nome é mencionado por Paulo como quem cooperava com a pregação:
At.13.05 - E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.
           
Fl. 24 - Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.

            Meus irmãos, nós estamos falando de um homem que trabalhava ativamente na obra do Senhor, contribuindo com tudo que tinha, doando sua própria vida. Ele é o escritor do segundo Evangelho, o evangelho de Marcos.
            Se quisermos fazer algo para Deus precisamos fazer ao próximo, quando somos solicitados precisamos atender ao chamado, é assim que a obra cresce e que nós nos tornamos úteis.

ILUSTRAÇÃO:

Um dia, um menino de 3 anos estava na oficina do pai, vendo-o fazer arreios
e selas. Quando crescesse, queria ser igual ao pai. Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro.
O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo. Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego. Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores. Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro.
Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória. De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas. Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos.
Aos dez anos, Louis chegou a Paris, levado pelo pai e se matriculou no instituto nacional para crianças cegas. Ali havia livros com letras grandes em relevo.
Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases. Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes.
Uma história curta enchia muitas páginas. O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca. Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncelo. O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais. Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema. Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz. Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto. Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno. Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o. Suportou muita resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo.
Não queriam que tudo fosse por água abaixo. Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto se interessavam. À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.
O método Braille estava pronto.
O sistema permitia também ler e escrever música. A idéia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo:
 “Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou.”
Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu.
Nos anos seguintes à sua morte, o método se espalhou por vários países. Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que não enxergam.
Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos.
Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.

APLICAÇÃO:
Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir. No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros. Isso sim é ser útil ao Reino. Ser útil as pessoas envolvidas no reino.
           
Em segundo lugar,...
                        F. T.:... Quando somos úteis ao Reino de Deus...
II -... Somos lembrados pelo Deus do Reino;

O texto diz claramente que Paulo fez recomendações a Timóteo dizendo que João Marcos era sim muito útil ao ministério.
Já imaginou alguém que você menos espera dizer isso sobre você?
No momento que você perceber o quanto é importante para Deus e deixar-se usar na sua obra, todo sentimento de invalidez será retirado dos seus ombros e então você será útil ao Mestre. Porque Deus lembra-se de nós da maneira que nós menos imaginamos ou pensamos.
            Deus se lembrará de você ainda hoje!
            ILUSTRAÇÃO:

            Um novo pastor recentemente formado e sua esposa que foram encarregados de reabrir uma igreja no bairro de Brooklyn NY chegaram ao início de Outubro entusiasmados com a oportunidade. Quando viram a igreja observaram que havia muitos estragos e um grande trabalho a ser feito. Sem se deixar abater estabeleceu como meta deixar tudo pronto para o primeiro serviço: o culto de Natal. Trabalharam sem descanso concertando o telhado... Refazendo o piso... Pintando... E muito antes do Natal em 18 de Dezembro tudo estava pronto! Mas...  No dia seguinte 19 de Dezembro desabou uma terrível tempestade que se alongou por dois dias. No dia 21o pastor foi até a igreja.  Seu coração doeu... Viu que o telhado
tinha quebrado e que uma grande área do revestimento de gesso decorado da parede do santuário logo atrás do púlpito havia caído. O pastor enquanto limpava o chão pensava em como resolver a situação.
No caminho de casa pensando adiar o culto de Natal observava as vitrinas enfeitadas para a época quando notou um bazar beneficente e parou por instantes. Uma linda toalha de mesa de crochet na cor marfim com um crucifixo delicadamente bordado no centro chamou-lhe a atenção. Era do tamanho exato para cobrir o estrago atrás do púlpito. Comprou-a e voltou para a igreja. Começou a nevar.
Apressou seus passos e quando chegava à porta da igreja uma velha senhora vinha correndo em direção contrária tentando pegar o ônibus o que não conseguiu. O pastor convidou-a a entrar para esperar pelo próximo abrigando-se do frio que viria 45 minutos depois. Ela sentou-se num banco e nem prestava atenção no pastor que já providenciava a instalação da toalha de mesa na parede. Ao terminar afastou-se e pôde admirar o quanto à toalha era linda e servia perfeitamente para esconder o estrago. Então o pastor notou a velha encaminhando-se para ele.  Seu rosto estava lívido e perguntou:
Pastor onde o senhor encontrou esta toalha de mesa?
O pastor contou a história.  A mulher pediu-lhe que examinasse o canto direito inferior para encontrar as iniciais EBG bordadas. O pastor fez o que a mulher pediu e intrigado confirmou.
A mulher disse: Estas são as minhas iniciais. E contou que fez esta toalha de mesa há 35 anos atrás na Áustria.  Contou que antes da guerra ela e seu marido eram "bem-de-vida".  Quando os nazistas
invadiram seu país combinaram fugir ela iria antes e seu marido a seguiria uma semana depois.
Ela foi capturada trancada numa prisão e nunca mais viu seu marido e sua casa.
O pastor ofereceu a toalha mas ela recusou dizendo que estava num lugar muito apropriado. Insistindo ofereceu-se para levá-la até sua casa era o mínimo que poderia fazer. Ela morava em Staten Island e tinha passado o dia em Brooklin para um serviço de faxina. No dia de Natal a igreja estava quase cheia.
Foi um lindo trabalho. Ao final o pastor e sua esposa cumprimentaram os fiéis um a um à porta e muitos diziam que retornariam. Um velho homem que o pastor reconheceu pela vizinhança permaneceu sentado atônito. O pastor aproximou-se e antes que dissesse palavra o velho perguntou: Onde o senhor conseguiu a toalha de mesa da parede?  Ela é idêntica à uma que minha mulher fez muitos anos atrás quando vivíamos na Áustria antes da guerra. Como poderiam existir duas toalhas tão parecidas? Imediatamente o pastor entendeu o que tinha acontecido e disse: Venha... eu vou levá-lo a um lugar que o senhor vai gostar muito. No caminho o velho contou a mesma história da mulher. Ele antes de poder fugir também havia sido preso e nunca mais pôde ver sua mulher e sua casa por 35 anos. Ao chegar à mesma casa onde deixara a mulher 3 dias antes ajudou o velho a subir os 3 lances de escadas e bateu na porta. Creio que não há necessidade de se contar o resto da história.

APLICAÇÃO:
Quem disse que Deus não trabalha de maneira misteriosa?
Quem disse que O Senhor não se lembra dos seus filhos?
Em tudo o que vier acontecer na sua vida saiba que Deus esta olhando para você, ele se lembrou daquele casal e através da vida de um servo seu (através daquela toalha) para realizar um milagre.
Apenas creia!
Ele sabe do seu desespero, mas creia, como João Marcos, creia, seu nome será lembrado por algum Paulo e Deus será exaltado através da sua vida.

NADA ACONTECE POR ACASO!


Em terceiro e último lugar,...
                        F. T.:... Quando somos úteis ao Reino de Deus...
III -... Mandarão nos Chamar e nos Reconhecerão.

Há um texto histórico sobre João Marcos que se encontra no livro de Atos dos Apóstolos cap. 13, ver. 13: E, partindo de Pafos, Paulo e os que estavam com ele chegaram a Perge, da Panfília. Mas João, apartando-se deles, voltou para Jerusalém.
O texto não menciona o motivo de João Marcos, mas, deixa claro que por causa de alguma coisa ele não quis continuar a obra com Paulo e os demais companheiros. Mais tarde quando ele novamente se dispõe para a obra, Barnabé quer levá-lo, mas é Paulo quem recusa seguir junto com João Marcos. Houve até mesmo uma contenda entre os dois grandes amigos Paulo e Barnabé.


Atos dos Apóstolos cap. 15:
35 E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros, a palavra do Senhor.
36 E alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão.
37 E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos.
38 Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra.
39 E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.              
40 E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus.
41 E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.

            No final de sua vida, quando estava preso em Roma, o Apóstolo Paulo sente-se muito sozinho. Todos os seus companheiros o haviam abandonado, apenas Lucas estava com ele, e no momento em que Paulo escreve estas palavras ao Pastor da igreja de Éfeso, Timóteo, ele lembra-se de como João Marcos esperou para servir a obra de Deus ao seu lado; e tomando a tinta e o pergaminho, Paulo registra para a eternidade o sentimento que Deus possuía por João Marcos e que agora se apossava do coração de Paulo: Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.
           
CONCLUSÃO:

Portanto, quero através destas palavras, animar você que sente inútil ou esquecido, a manter acesa a chama de servir a Deus. Jamais se esqueça das promessas feitas por Deus. O chamado para a Obra do Senhor é intransferível. Não é o pastor da igreja, ou seus pais, ou seus amigos que devem ter a certeza do seu chamado, mas, é você quem deve ter a certeza do seu chamado. Pessoas podem se levantar para dizer que você está esquecido ou parado na obra, mas, a certeza de que Deus não te esqueceu deve habitar dentro do seu coração. Você é sim, muito útil ao ministério, e tal como João Marcos aguardou o momento de ser Chamado, nós também devemos ansiosamente esperar à hora em que algum Timóteo baterá na nossa porta com uma carta de algum Paulo dizendo:
Meu nobre ______________, tu és muito útil para o ministério. Amém.








Pr. Luiz Fernando Massunaga 






Comunidade Bíblica Adoração. Bauru, 01 de Agosto de 2013.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

COMUNHÃO, A MARCA DE UMA IGREJA SAUDÁVEL.

FILIPENSES 4. 14-16.
I.C.T.:                      Paulo inicia um discurso onde expressa o seu regozijo aos filipenses. A partir dopróprio testemunho pessoal, ele agradece por ter sido sempre amparado por seus mantenedores daquele lugar e ensina os irmãos sobre as marcas saudáveis de uma igreja, que estão vinculadas a comunhão puramente transmitida dos ensinos do próprio Cristo. 
TESE:                        Comunhão (KOINONIA) é a maior característica de uma IGREJA saudável.
OBJ. GERAL:           Pastoral.
ESPECÍFICO:      O meu desejo é que todos os ouvintes após esta mensagem aprendam a exercitar a comunhão uns com os outros, assumindo em conjunto a grande responsabilidade de ser A Noiva do Cordeiro, a partir do ponto de vista Bíblico/Paulino.

ESBOÇO
INTRODUÇÃO

                                    Em primeiro lugar,...
F. T.:... Para sermos IGREJA saudável em comunhão, é necessário...
I -... Tomar parte nas aflições dos irmãos v.14;
                                    Em segundo lugar,...
F. T.:... Para sermos IGREJA saudável em comunhão, é necessário...
II -... Comunicar as nossas urgências v.15;
                                    Em terceiro e último lugar,...
F. T.:... Para sermos IGREJA saudável em comunhão, é necessário...
III -... Suprir as necessidades uns dos outros v.16.

Amados irmãos! Amadas irmãs! Senhoras e Senhores;
            Que a Graça e a Paz de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo esteja com todos os presentes nesta hora!
            O filósofo ateu Nietzsche foi um dos que mais influenciou o pensamento de Adolpho Hitler. Ele costumava repreender os cristãos dizendo: “Vocês me dão enjoo!” Por que, lhe perguntavam. Ele dizia: “Porque vocês pregam sobre o amor, e não amam; se dizem protestantes, mas não protestam; se julgam redimidos, mas, não parecem que são redimidos”. Esta crítica tem acompanhado a história da igreja por séculos: os relacionamentos cristãos exalam mau cheiro e seus conflitos fedem. Há crentes que não olham para outros crentes, famílias que não se dão com outras. As pessoas ficam ressentidas e magoadas quando seus pastores e líderes não aparecem na festa de aniversário ou no quarto do hospital; não perdoam umas as outras pelas palavras ásperas ou ríspidas e não se reconciliam por estarem repletas de orgulho. E todas frequentam a mesma igreja!
Jesus não disse que seus discípulos seriam conhecidos pelo amor? (João 14)
Jesus ordena que amemos uns aos outros como Ele nos amou. Reconciliados com Deus e uns com os outros em Cristo, a igreja recebe o ministério da reconciliação (2 Co 5). Qual seria o nível no seu amorômetro se pudéssemos medi-lo?
Coloquemo-nos em pé, abramos nossas Bíblias no NOVO TESTAMENTO. Epístola do Apóstolo Paulo aos Filipenses, cap. 4. 14-16. Leiamos:

14 Todavia fizestes bem em tomar parte na minha aflição.
15 E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente;
16 Porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalônica.

No Novo Testamento, a palavra grega para comunhão é koinonia, que também significa comunidade; essa palavra aparece 19 vezes no Novo Testamento; significa literalmente uma comunidade de homens e mulheres que crêem em Jesus Cristo como Salvador e Senhor de suas vidas. Além de ser traduzida como comunhão e comunidade, é traduzida como: “contribuir, compartilhar e participar”. Esta comunidade cristã é a nova humanidade, é o desejo de Deus. Em união com o Cristo ressurreto, ela compartilha de Sua vida e sua energia interior flui para dentro dela. Na união com Ele, concretizada pelo arrependimento e fé, os pecadores salvos pela graça de Deus são indissoluvelmente incorporados nesta comunidade, unidos ao corpo de Cristo.

O seu futuro está unido ao Dele simplesmente porque a igreja é o Seu corpo, do qual Ele é “o cabeça” (Ef 1:22). Este corpo é único já que Cristo “destruiu a barreira, o muro de inimizade” (Ef 2:14) – não há mais judeus ou gentios, homens ou mulheres, escravos ou libertos. Todos em Cristo se tornaram um com Ele e com os outros. Os membros da igreja são espiritualmente um (Ef 4:1-6). De uma maneira bem simples, a igreja como corpo tem crentes em Cristo como seus membros. Isso é autenticado pela presença do Espírito Santo não apenas individualmente, mas na comunidade. A igreja dá prioridade a sua formação pelo Espírito como uma comunidade de discipulado mútuo e discernimento comunitário. Charles Van Engen escreve a respeito:

A nova presença de Jesus Cristo na comunhão de amor (koinonia) dos discípulos constitui a Igreja. Sem essa presença de Cristo, não há nenhuma Igreja. Como podemos esquecer com tanta facilidade que é somente no âmbito do amor do discípulo pelo Senhor e de um discípulo pelo outro que a Igreja tem alguma vida? O que Paulo afirmou em I Coríntios 13 vem a propósito: se a Igreja é una, santa, católica (universal) e apostólica, mas não tem amor, nada é. Servindo de base a tudo o mais, repousa o marco supremo do povo de Deus - o amor. Se a Igreja não for, em primeiro lugar, à comunidade de amor, a Palavra e as suas Ordenanças são um esforço vão. Nessa “era entre as eras”, a Igreja deve mais uma vez ouvir a voz de seu Senhor (van Engen, ano, p.).

Esta ideia de koinonia é fundamental para a nossa compreensão da igreja. Este ministério, para que seja efetivo, requer uma demonstração da unidade antes que possa sequer falar de reconciliação ou participar de qualquer mediação significativa em conflitos. Como falar em resolução de conflitos se não sabemos lidar com nossas diferenças?
O fracasso de muitas igrejas de alcançar igualdade entre seus membros e integração entre as classes sociais silencia a mensagem de paz social. Cada vez mais, as igrejas falam “da boca para fora” de sua unidade, mas se mostram como grupos etnocêntricos e ensimesmados, na realidade.
Ajith Fernando, um respeitado líder e estudioso asiático, em sua exposição sobre Efésios 2:13-16 a respeito de como a cruz quebra as barreiras das diferenças e divisões, escreveu:

O preconceito tem sido um problema porque todos nós estamos embebidos dos preconceitos de nosso meio, onde se afirma ser um grupo superior a outro. Vindo de uma nação na qual a tensão étnica tem causado muito caos, posso dizer que, mesmo com respeito aos cristãos:

“Os nossos preconceitos estão entre as últimas coisas que o processo de santificação toca”.

Os preconceitos podem dizer respeito à raça, classe, casta ou a outro destes fatores terrenos que não são significativos na visão de Deus. Aqueles que afirmam que não são preconceituosos são normalmente os mais preconceituosos. E algumas vezes, os que afirmam ser cristãos crentes na Bíblia são os mais anti-bíblicos com respeito a este assunto.

Como os crentes podem estar em unidade quando há uma série de razões para a diversidade? As igrejas, normalmente, estão divididas por causa de personalidade, cultura, denominacionalismo, doutrinas, etc. A imagem que Paulo tem da igreja reflete o mistério da “multiforme sabedoria de Deus”, e significa brilhante como as cores do arco-íris e variada como as múltiplas cores de um campo de flores (Ef 3:10). Ou seja, a unidade cristã deve ser baseada na diversidade. De outra maneira, se fosse sem diversidade, ela se tornaria uniformidade. A igreja tem muitas partes como um corpo, mas é um só corpo (1 Co 12). A unidade essencial dos crentes deve ser experimentada nos relacionamentos multi-classiais, multiculturais e interdenominacionais, como testemunho da Nova Criação em Cristo.

Não pode existir Prosperidade onde não existe Generosidade; não pode existir Generosidade onde não há comunhão.

O lema de Agostinho deve ser adotado por nós hoje:
In Necessariis Unitas; In Dubiis Libertas; In Omnibus Caritas.

Isso pode ser traduzido como:
Nas questões essenciais, unidade; nas não essenciais, liberdade; em todas as outras, caridade.

Unidade nas experiências e cooperação funcional, estão baseadas em um núcleo irredutível mínimo de crenças. Quais seriam essas doutrinas?

“a Bíblia como a Palavra de Deus, a Trindade, a deidade de Jesus Cristo, a reconciliação, salvação e vida eterna”.

Nossa intenção deve ser experimentar esta comunhão na igreja local e praticá-la com todas as nossas forças nos relacionamentos pessoais.

CONCLUSÃO

A igreja é uma comunidade que tem base na comunhão. Essa comunhão decorre de uma experiência espiritual que se tem com Deus, conhecida como conversão. Em comunhão com Deus somos instruídos à comunhão com os irmãos. Koinonia é a palavra grega que significa comunhão, dando o sentido também de participação, contribuição. A palavra generosidade é inspirada por esse vocábulo . Assim, a Igreja é um lugar onde se desenvolve a comunhão com todos os irmãos. Lugar onde assistem as pessoas. A comunhão é a prova de que a igreja está saudável e dentro da vontade de Deus. Amém.



Sermão ministrado na Comunidade Bíblica Adoração em Bauru-SP
Homilia de Domingo dia 18 de Agosto de 2013
Culto de Ordenação Pastoral

Pr. Luiz Fernando Massunaga

terça-feira, 6 de agosto de 2013

OBEDIÊNCIA, A EXPERIÊNCIA DE SER SUSTENTADO POR DEUS.

TEXTO:                    I Reis 17.1-9.
 I.C.T.:                        Após Elias profetizar a Acabe sobre a seca que haveria de vir, o Senhor o orientou a se retirar do local onde estava e se esconder junto ao riacho de Querite. Ele fielmente obedeceu ao Senhor, portanto, o Senhor o provisionou de pão e carne, pela manhã e ao anoitecer.
TESE:               Quando somos obedientes à vontade do Senhor, e andamos nos seus caminhos, somos usados por Deus e sustentados por Ele.
OBJ. GERAL:          Pastoral.
OBJ. ESPECÍFICO: O meu desejo é que todos os ouvintes após esta mensagem compreendam que Todos os nossos anseios e necessidades serão verdadeiramente saciados através de Deus e de um relacionamento genuíno com ele; basta aceitá-lo ainda HOJE!

ESBOÇO
INTRODUÇÃO
                                    Em primeiro lugar,...
                                               F. T.:... Quando somos obedientes ao que Deus nos pede
                                    I -... Ele prove o nosso sustento (Provisão) V. 04;
                                   
Em segundo lugar,...
                                               F. T.:... Quando somos obedientes ao que Deus nos pede
                                    II -... Ele age através de meios inesperados (Milagre) V. 06;
                                   
Em terceiro e último lugar,...
                                               F. T.:... Quando somos obedientes ao que Deus nos pede
                                    III -... Ele usa quem tem menos do que nós para nos socorrer (Dependência em Deus) V. 09.

CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INTRODUÇÃO

Amados irmãos! Amadas irmãs! Colegas e Amigos;
            Que a Graça e a Paz de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo esteja com todos os presentes nesta hora!

ELIAS E A PROVIDÊNCIA DIVINA

VOCÊ JÁ TEVE ALGUMA SURPRESA COM DEUS?

OROU... PEDIU ALGO... E DEUS RESPONDEU DE UMA FORMA MUITO DIFERENTE?

Assim aconteceu com Elias

Nos dias de Elias, Israel estava sendo governado por reis maus e idólatras. O texto que lemos, Elias é enviado ao Rei Acabe para anunciar que iria começar um período de seca.

A Bíblia diz o seguinte de Acabe: “E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele…” (I Rs 16.30,31).

Acabe casou-se com Jezabel, filha do rei dos sidônios; casamento este, jamais aprovado por Deus. Tendo uma mulher idólatra, Acabe serviu ao deus Baal e o adorou e conduziu a nação de Israel à idolatria:

“Também Acabe fez um poste-ídolo de madeira e cometeu mais abominações para irritar ao Senhor, Deus de Israel.” 1Re 16.33

Nesse contexto de reis ímpios e idólatras – Surge Elias – o profeta

É um dos personagens bíblicos mais extraordinários e comoventes da Bíblia.
Era um homem simples em sua aparência e no vestir. Em 2 Rs 1.8 temos: “Homem vestido de pelos, com os lombos cingidos com um cinto de couro....” Como tal, é um protótipo de João Batista

No Novo Testamento, quando os evangelhos narram a transfiguração de Jesus .... Elias apareceu junto com Moisés.

Ele era Tesbita ou seja .... natural de Tisbe, que se encontrava na região de Gileade, situada a leste do Rio Jordão.

Diante de rei idólatra este homem é enviado por Deus para falar:

“Em nome do SENHOR, o Deus vivo de Israel, de quem sou servo, digo ao senhor que não vai cair orvalho nem chuva durante os próximos anos, até que eu diga para cair orvalho e chuva de novo.”

Naquela época o povo morava mais no campo do que nas cidades. Se um profeta fala em nome de Deus que haveria seca...isso significa: ... tempos de fome, tempos de miséria e sofrimento...

Interessante notar ... “orvalho nem chuva” haveria....

Uma seca tremenda!

Depois... Deus avisou Elias para sair de onde estava, para protege-lo de alguma perseguição do Rei

E Elias se escondeu ....

Foi morar perto do Ribeiro de Querite ...

Esse riacho ou ribeiro, é um dos muitos que desaguam no Rio Jordão ... Esse local era um vale, com uma passagem estreita e profunda ... sendo um ótimo local para se esconder.

No fundo deste vale, corria um filete de água, um riacho ... chamado Querite.

E lá ficou Elias – no começo da seca .... escondido

O preço de um profeta ao obedecer ao Senhor:

Ø Mas o Senhor não deixou Elias sem alimento

“beberás da torrente, e ordenei aos corvos que ali mesmo os sustentem “

ALIMENTO MANDADO POR DEUS - o cardápio na seca:

Pão e carne e água do ribeiro
Pão e carne pela manhã e ao anoitecer

Para quem obedece ao que o Senhor pede, mesmo passando pela seca – há o sustento.

Deus usa instrumentos inesperados
Deus sempre tem um segundo plano
Ø Aprenda a depender de Deus.
Ø Aprenda a confiar em Deus.
            

            Essas palavras são apenas para dizer para vocês meus irmãos, que quando nós entregamos tudo ao Senhor, ele faz tudo por nós!

Sermão ministrado na Comunidade Bíblica Adoração em Bauru-SP
Homilia de Domingo dia 04 de Agosto de 2013
Culto de Ordenação Pastoral

Pr. Luiz Fernando Massunaga

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Gola clerical, símbolo da Palavra de Deus proclamada.

O uso de vestes especiais por parte dos oficiais da igreja serve para representar o seu ministério entre o povo. Entre estas vestes especiais se destaca o colarinho clerical. Este é normalmente o colarinho de uma camisa com uma aba branca destacável na frente. Originalmente era feito de algodão ou linho, mas normalmente é feito hoje de plástico.

COLARINHO CLERICAL (CLERGYMAN) MODELO PROTESTANTE


Às vezes (especialmente na prática católica romana) a aba é fixa com um colarinho que cobre quase completamente, deixando um quadrado branco pequeno à base da garganta. Em muitas igrejas e em muitos locais, por não saberem da origem e do significado, não se aceita o uso de colarinho clerical. Com a devida orientação os cristãos passarão a entender a conveniência e a oportunidade do seu uso.

COLARINHO CLERICAL MODELO CATÓLICO ROMANO 


Origem e uso.
O colarinho clerical é uma invenção bastante moderna (inventado em 1827 pelo Rev. Dr. Donald McLeod, pastor anglicano). Foi desenvolvido para ser usado no trabalho cotidiano do ministro (mais prático que a batina). Originou na Escócia. Hoje é usado por pastores nas diversas denominações Cristãs como presbiteriana, luterana, metodista e pentecostais.

Uso pelos católicos
Os católicos romanos passaram a usá-lo a partir do Concilio Vaticano II, em substituição a batina, em situações especiais, essa adoção deve-se aos padres Jesuítas. É usado por todos os graus de clero: bispos, presbíteros (padres) e diaconos, e também por seminaristas. Na tradição Oriental, às vezes, os subdiáconos e leitores também o usam.

Significado
O colarinho clerical simboliza que quem o usa é um servo, pois este colarinho estava ao redor do pescoço dos escravos no mundo antigo. As pessoas que o usam servem como Ministros de sua Palavra. Toda a igreja tem compromisso com o testemunho de Cristo no mundo, no entanto, o pastor compromete-se de modo específico com o Ministério da Palavra.
Assim, o colarinho clerical simboliza esse compromisso pastoral com o anúncio do Evangelho. O colarinho branco sobre fundo preto envolvendo a garganta é simbólico da Palavra de Deus proclamada.

Relevância
O uso de símbolos é um sinal e um testemunho vivo de Deus no mundo secularizado. Pois uma das características do movimento de secularização o desprezo por sinais e símbolos religiosos. Para as pessoas o fato de ver um ministro com o colarinho clerical já é um testemunho de fé.
Assim como vendo um militar lembramo-nos da Lei, e vendo um enfermeiro (a) com seu uniforme branco lembramos o hospital. Igualmente é válido para os pastores que frequentam lugares públicos usar o colarinho clerical.

Testemunho
O Revmº. Robinson Cavalcanti, Bispo anglicano, testemunha: “Sempre viajo, e me dirijo a eventos públicos, vestido de colarinho clerical (clergyman), sem sentir vergonha de ser cristão e de ser ministro do Evangelho. Se pouquíssimas vezes fui por isso hostilizado na Universidade, perdi a conta das centenas de oportunidades para testemunhar de Cristo, a partir desse aspecto visual”

Conclusão
Em nosso mundo dessacralizado, os símbolos não podem ser esquecidos. Não podemos nos conformar com o século. Não podemos excluí-los, porque outras denominações deturparam alguns deles. O colarinho clerical é um símbolo importante. Sacraliza visivelmente o mundo sinalizando a dedicação ao ministério. 

SOLI DEO GLÓRIA

Pr. Luiz Fernando Massunaga

RESTITUIÇÃO: A DEVOLUÇÃO DO QUE FOI PERDIDO.

TEXTO:                    I SAMUEL 30. 1-31.
 I.C.T.:                        Davi estava prosperando, e obtendo muitas conquistas, já possuía um exercito de mais de 600 homens valentes, muitos bens e escolhera uma cidade ampla e protegida por muralhas para morar, chamada Ziclague, onde ele deixava o que possuía e partia em novas incursões militares e conquista de novos territórios. Certo dia após meses longe de casa, cheios de saudade, com grande desejo de ver suas esposas, filhos e netos, em vez de ouvir os gritos de alegria, o que eles viram foi uma cidade toda queimada, seus muros destruídos e todos os moradores levados cativos. Isto foi um golpe terrível na vida de Davi e de seus homens. Mas Deus restituiu tudo a Davi.
TESE:                       Deus na sua Plenitude de Justiça, usa pessoas ou concede meios para que sejamos Restituídos.
OBJ. GERAL:          Pastoral / Doutrinário.
OBJ. ESPECÍFICO: O meu desejo é que todos os ouvintes após esta mensagem sintam o desejo genuíno de Restituição. Para si próprios ou para restituir aos outros.
ESBOÇO
INTRODUÇÃO

Em primeiro lugar,...
            F. T.:... Para que a Restituição aconteça é necessário...
I -... Desejar com todas as suas forças o que foi perdido (Querer de volta) V. 04;
Em segundo lugar,...
            F. T.:... Para que a Restituição aconteça é necessário...
II -... Consultar a vontade do Senhor (Fazer tudo na direção de Deus) V. 08;
Em terceiro e último lugar,...
            F. T.:... Para que a Restituição aconteça é necessário...
III -... Compartilhar os despojos (Abençoar outras pessoas) V. 26.


ILUSTRAÇÃO:
Um homem muito mal humorado e de mal com a vida percorria um caminho com uma penca de bananas nas mãos. Conforme ele caminhava, reclamando de tudo e de todos, ele ia comendo as bananas e lançando as cascas para trás. Quando terminou de comer todas as bananas, enquanto ainda murmurava de Deus, olhou para trás e viu outro homem que vinha atrás dele, agradecendo a Deus pela vida e comendo as cascas que ele havia lançado.
            
Atualmente vivemos em um mundo capitalista, e extremamente consumista. Vemos os recursos naturais do nosso planeta se esvaindo, indo embora, pelo ralo do desperdício. As pessoas são tomadas hoje por um desejo de consumo. De consumo extremamente rápido. Hoje, tudo é fabricado para durar menos, visando somente o consumo, visando somente o lucro de quem fabrica e comercializa, visando somente a ganância das marcas.
De uns tempos para cá, aumentou significativamente o uso dos cartões de crédito, e hoje, as empresas de cobrança também alcançaram seu espaço. Uma pergunta: Será que nós precisamos tanto assim de dois, três, quatro cartões de credito? Será que nós precisamos perder o sono com as dívidas e as cobranças dessas empresas? Não. Nós não precisamos. Mas sabe por que isso às vezes acontece? Sabe por quê?

Porque compramos coisas que não precisamos, com um dinheiro que não temos, para impressionar quem nós (na maioria das vezes) não conhecemos.

E isso é uma bola de neve, da qual a tendência é sempre engordar o Consumismo. Precisamos rever nossos conceitos. Antes de tomarmos decisões aquisitivas, devemos reavaliar nossos conceitos. Faz-se necessário um juízo de valores cuja balança justa deve ser a Palavra de Deus, através de três perguntas básicas e cruciais:

Eu Quero?                                      Eu Posso?                                      Eu Preciso?

Estas perguntas são muito pertinentes, e atingem o âmago da nossa alma. Elas vão até o pico mais alto do nosso egoísmo, e empurra lá de cima qualquer ser que Queira dominar nossa vontade e nosso arbítrio, distante da vontade de Deus estabelecida na sua Palavra. Meus irmãos, Nosso Deus não é O Deus do desperdício e do descarte, mas o Deus da preservação e da renovação. Mais do que isso, Nosso Deus é O Deus da RESTITUIÇÃO. Quando tudo e todos dizem que não vale mais a pena, Nosso Deus vem e diz: Eis que faço novas todas as coisas... (Ap. 21.05).
Éramos dignos de morte, mas imerecidamente ganhamos a “vida”.

Vamos primeiro entender o que significa restituição à luz da Bíblia:
Restituição significa Reparação. É corrigir uma situação. É devolver o que foi tirado. Deve-se fazer com justiça.
A Bíblia diz em:
Êxodo 22.9: “Sempre que alguém se apossar de boi, jumento, ovelha, roupa ou qualquer outro bem perdido, mas alguém disser: 'Isto me pertence', as duas partes envolvidas levarão o caso aos juízes. Aquele a quem os juízes declararem culpado restituirá o dobro ao seu próximo”.
Levítico 6.2-5: 2 Quando alguma pessoa pecar, e transgredir contra o SENHOR, e negar ao seu próximo o que lhe deu em guarda, ou o que deixou na sua mão, ou o roubo, ou o que reteve violentamente ao seu próximo,
Ou que achou o perdido, e o negar com falso juramento, ou fizer alguma outra coisa de todas em que o homem costuma pecar;
Será pois que, como pecou e tornou-se culpado, restituirá o que roubou, ou o que reteve violentamente, ou o depósito que lhe foi dado em guarda, ou o perdido que achou,
Ou tudo aquilo sobre que jurou falsamente; e o restituirá no seu todo, e ainda sobre isso acrescentará o quinto; àquele de quem é o dará no dia de sua expiação.
Números 5.5-7: Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
Dize aos filhos de Israel: Quando homem ou mulher fizer algum de todos os pecados humanos, transgredindo contra o SENHOR, tal alma culpada é.
E confessará o seu pecado que cometeu; pela sua culpa, fará plena restituição, segundo a soma total, e lhe acrescentará a sua quinta parte, e a dará àquele contra quem se fez culpado.
            Porém, o Novo Testamento nos transporta para um novo significado de Restituição:

            Éramos dignos de morte, mas imerecidamente ganhamos a “vida”.

            Esta é a verdadeira RESTITUIÇÃO de Deus nas nossas vidas!
Hoje, “feitos’ filhos de Deus, temos sidos abençoados, “com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Efésios 1.3), Temos um Pai, fazemos parte de uma nova família, a família de Deus, temos as verdadeiras riquezas: comunhão, paz, perdão, bondade, amor, salvação... Deus nos restituiu tudo o que havíamos perdido. Agora, estamos assentados, mesmo coxos, “deficientes” e imperfeitos, à mesa com o Rei Jesus”! Hoje, através de Jesus Cristo, podemos dizer: “Aba, Pai”, Paizinho! Logo somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo. Fomos chamados de Lo Debar, de um lugar sem pastor, sem pastor, para pastos verdejantes, Estamos em Jerusalém, de volta ao Palácio Real, estamos assentados à mesa com o Reis dos reis e Senhor dos senhores – Jesus Cristo, o Filho de Deus! Nosso bom Pastor!

...hoje vos anuncio que tudo vos restituirei em dobro.
Zacarias 9.12
 Amém.

            SOLI DEO GLÓRIA



Sermão ministrado na Comunidade Bíblica Adoração em Bauru-SP
            Homilia de Domingo à noite, em 28 de Julho de 2013

Pr. Luiz Fernando Massunaga