INTRODUÇÃO
Meus irmãos e minhas
irmãs, eu vos saúdo na Paz do Senhor!
(...)
Todos nós já vivemos
momentos nos quais nos sentimos cansados e sobrecarregados. Juntamente com
esses sentimentos, podemos ter também a sensação de abandono, desânimo,
tristeza. A vida moderna nos pressiona com um excesso de atribuições
decorrentes dos vários papéis que precisamos desempenhar na família, no trabalho,
na sociedade.
Seja qual for o motivo, a
melhor coisa que poderia acontecer seria aparecer alguém que nos fizesse sentir
que não estamos sós na nossa luta. Já pensou, você está cansado, desanimado,
sobrecarregado com as tensões geradas pelas situações difíceis que está enfrentando
e de repente recebe um telefonema, uma mensagem de texto, ou a visita de alguém
dizendo que todos os seus problemas estão resolvidos? Sim, isso não é
impossível, mas, para tanto, é necessário algo da nossa parte.
Quero iniciar a homilia
eucarística de hoje com uma ilustração que me surpreendeu muito quando eu a li.
ILUSTRAÇÃO:
O
peso de um copo d’água.
Um conferencista falava
sobre gerenciamento da tensão.
Levantou um copo com água
e perguntou à plateia:
– Quanto que vocês acham
que pesa este copo de água?
As respostas de todos
variaram entre 100 e 300 gramas.
O conferencista, então,
comentou:
– Não importa o peso
absoluto. Depende do tempo que vou segurá-lo. Se o seguro por um minuto, tudo
bem. Se o seguro por uma hora, terei dor no braço. Se o seguro durante um dia
inteiro, você terá de chamar uma ambulância.
E é exatamente o mesmo
peso, mas quanto mais tempo eu passo segurando-o, mais pesado ele vai ficando.
E concluiu:
– Se carregamos nossos
pesos o tempo todo, mais cedo ou mais tarde não seremos mais capazes de
continuar. A carga vai se tornando crescentemente mais pesada. O que você tem
de fazer é deixar o copo em algum lugar e descansar um pouco antes de segurá-lo
novamente. Temos de deixar a carga de lado periodicamente, do jeito que
pudermos! É reconfortante e nos torna capazes de continuar.
'Se
carregamos nossos pesos o tempo todo, mais cedo ou mais tarde não seremos mais
capazes de continuar'
Qual é o fardo? Qual é o
peso que você carrega? O que tem te angustiado até aqui? O que tem roubado seus
sonhos? Tirado seu sono?
Hoje é dia de celebrar a
Ceia do Senhor, existe uma mesa preparada diante de nós aqui, e ninguém
consegue fazer uma refeição com um fardo sobre suas costas.
Você pode mudar suas
perspectivas ainda hoje.
Existe uma maneira melhor
de carregar e lidar com todo esse peso.
Sabe como? Eu vou te
dizer:
Você que não precisa mais
carregar todo esse peso que vem arrastando até aqui sozinho.
Apenas com algumas
mudanças na forma de transporte, o peso que leva se tornará relativamente leve,
e quando você perceber que não é mais seu esse fardo você estará livre de todo
peso.
Coloquemo-nos em pé, abramos nossas Bíblias em:
Mateus 11. 29. Leiamos:
29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde
de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Diante deste texto que nós lemos e diante destas verdades que já temos
compartilhado, eu quero vos pregar o seguinte tema:
DIMINUINDO
OS FARDOS ATRAVÉS DO JEITO CERTO DE CARREGÁ-LOS.
Mas o que é tomar o jugo de Jesus?
Em
primeiro lugar,...
F. T.:... Tomar o jugo de
Cristo é...
I -... Cumprir as ordenanças do Senhor
(Disponibilidade);
DEUS NÃO QUER A NOSSA
CAPACIDADE, ELE QUER A NOSSA DISPONIBILIDADE.
2
Co 3:5 diz: “Em nós não há nada que nos permita afirmar que somos capazes de
fazer esse trabalho, pois a nossa capacidade vem de Deus.”
A partir do momento que nós olhamos
para o Senhor e dizemos: JESUS ME USA, ME USA SOMENTE PARA A TUA
GLÓRIA… Ele vai me
usar, Ele vai nos usar e Ele vai nos capacitar, é Dele que vem as nossas
habilidades, os nossos talentos. É o Senhor que vai nos capacitar pra gente
fazer o que Ele deseja.
Algo
interessante, um dia eu estava lendo um livro e numa parte do livro dizia:
Vários estudos comprovam que uma pessoa COMUM… uma pessoa Comum. Eu, você, nós.
Certo? Tem algum louco aqui? Acho que não né... rsrs
Uma
pessoa comum possui de 500 a 700 habilidades diferentes cada uma. Uau!!
Isso
quer dizer que VOCÊ possui 500 a 700 habilidades diferentes das minhas, diferentes
das de outras pessoas.
Todas as nossas habilidades foi o
Senhor que nos deu, para usarmos na Obra Dele.
Agora, se olharmos para dentro da
igreja, contando nossas habilidades… 500, 1000, 1500... O espaço será pequeno correto…
e aí alguém pode falar… Para, isso é coisa de doido e nós vamos poder dizer
isso é coisa de Deus. O nosso Deus é Grande, é Imenso e as Obras do nosso Deus
são Grandiosas, vamos olhar para o Céu, imenso, o Mar então, nossa… não vemos
fim, e agora olhamos para nós.
VOCÊ
É OBRA DE DEUS? ENTÃO VOCÊ É UMA OBRA GRANDIOSA!
Algumas
vezes até conseguimos identificar algumas habilidades: Como ela cozinha muito
bem… Como ele fala bem em público… ou como ela canta bem, são algumas das
muitas habilidades que o Senhor deu, são talentos vindos de Deus, pois foi Ele
quem nos fez, nos fez em detalhes, como tudo que fez e faz.
Porém,
muitas habilidades nossas estão dentro de nós adormecidas, escondidas muitas
vezes por nós mesmos... Ah eu não vou dar o meu testemunho… porque eu vou ter
que falar em público, e seu eu gaguejar vão rir de mim, ou, e se eu falar algo
errado… ou Ah eu não vou abrir um culto, afinal eu sei pouca coisa… nós mesmos
dificultamos e começamos a criar vários argumentos.
Daí
você pergunta para o Senhor: Deus, se realmente eu tenho esse monte de
habilidades que esses estudos dizem como eu identificarei as minhas? Como? E o
Senhor nos responde: Tiago 4:8:
“Aproximem-se de Deus e Ele se
Aproximará de vocês” “Cheguem perto de Deus e Ele chegará perto de vocês”.
Assim,
a partir do momento que o Senhor está perto de nós, (Ele que é cheio de Poder,
de Toda a Glória), as nossas habilidades, os nossos talentos vão sendo
revelados e nós através do Espirito sendo conduzidos a fazermos aquilo que Ele
quer que façamos aqui na terra.
Em segundo lugar,...
F. T.:... Tomar o jugo de
Cristo é...
II -... Tornar-se Aluno do Mestre
(Humildade para aprender);
O DISCÍPULO NÃO ESTÁ ACIMA DE SEU
MESTRE
Embora o termo discípulo
ocorra 150 vezes nos evangelhos sinópticos, nas palavras de Jesus ele só é encontrado
9 vezes. Isto que dizer quer ditado que vamos meditar é muito importante para
compreender como jesus encarava o modelo se de ser discípulo dele.
LIMITAÇÃO, IMITAÇÃO E PARTICIPAÇÃO.
A LEI DA LIMITAÇÃO: O MESTRE É O LIMITE
“O discípulo não está
acima do mestre: todo aquele, porém, que for bem instruído será como seu
mestre” (Lucas 6.40). Jesus enunciou assim o princípio da Limitação do aluno ao
seu professor. O máximo que um discípulo conseguirá, depois de aprender tudo, é
ser igual ao seu mestre. Este princípio vale para a maioria das áreas da vida,
mas especialmente para a vida espiritual.
Jesus
ilustrou este princípio com a parábola do cego que guia outro cego:
Pode
porventura o cego guiar o cego? Não cairão ambos na cova?
O discípulo não é superior a seu
mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre. (Lucas 6. 39-40).
Se o mestre for “cego”,
seus alunos não serão melhores do que ele.
Lucas 6. 41-44:
E por
que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na
trave que está no teu próprio olho?
Ou
como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu
olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira
primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está
no olho de teu irmão.
Porque
não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto.
Porque
cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos
espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos.
A LEI DA IMITAÇÃO: O MESTRE É O
EXEMPLO
João 13. 15-17:
Porque
eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
Na
verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o
enviado maior do que aquele que o enviou.
Se sabeis
estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.
O Princípio da imitação foi enunciado em um momento da
vida dos discípulos. Eles estavam recusando a tarefa de lavar os pés um dos
outros antes da refeição. Ninguém queria “rebaixar-se” para servir os outros.
Jesus levanta-se então da mesa, e tirando sua roupa de cima, começou a lavar os
pés dos discípulos.
Depois perguntou: “Compreendeis o
que eu fiz?” A lição era obvia, Jesus enunciou-a com mais clareza ainda quando
explicou:
“Se eu, sendo o Senhor e o mestre, voz
lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros”. (João 13.14).
O discípulo deve ser imitar seu mestre acima de tudo.
Isso é ser cristão. Devemos estar dispostos para realizar qualquer tarefa que o
Mestre faria. Vamos imitar o nosso Mestre, pois o discípulo não está acima do
mestre.
A LEI DA PARTICIPAÇÃO: O MESTRE É A
CONSEQUÊNCIA
(João
15. 20)
Lembrai-vos
da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu SENHOR. Se a mim me
perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também
guardarão a vossa. Advertência e privilégio. O discípulo participa da vida e
obra do Mestre. Na verdade, o discípulo é o continuador da obra do mestre, de
modo que ele também recebe a mesma proposta que o mestre recebeu:
Da mesma maneira que muitos odiaram o
mestre, odiarão os discípulos dele.
Da mesma forma que alguns amaram o
Mestre, amarão os discípulos dele.
Esta é a lei da participação. O discípulo de Cristo
participa daquelas mesmas coisas que Cristo participou. Coisas boas e coisas
desagradáveis. É um engano pensar que seremos melhores ou mais bem-sucedidos do
que o nosso Mestre. Jesus é o exemplo e limite. Dele não podemos passar. A
consequência de ser discípulo é ser tratado como trataram nosso Mestre.
Mateus 10. 24 e 25:
Não é o discípulo mais do que o
mestre, nem o servo mais do que o seu senhor.
Basta ao discípulo ser como seu
mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família,
quanto mais aos seus domésticos?
O discípulo recebe as consequências da vida do mestre.
Logo depois disto, o texto diz três vezes: “Portanto, não temais” (Mateus 10.
26, 28, 31). Não devemos temer, mas ficar alegres por ser “co-participantes dos
sofrimentos de Cristo, para que também a revelação da sua glória vos alegreis
exultando” (1 Pedro 4. 13).
A maior glória do discípulo é ser identificado com o seu
mestre.
APLICAÇÃO:
1. Escolha bem seu Mestre. Esse lugar
pertence somente a Jesus. A quem nós temos seguido?
2. Imite Jesus. A razão de sermos
discípulos é aprender dele e imitá-lo.
3. Participe da missão de Jesus.
Perseguição no meio de pregação foi a marca do ministério de Cristo e dos
primeiros discípulos. Também deve ser a nossa marca. Não se trata de buscar uma
“oposição gratuita”, mas, sendo como o Mestre, seremos perseguidos.
Em terceiro e último
lugar,...
F. T.:... Tomar o jugo de
Cristo é...
III -... Encontrar alívio somente em
Deus (Suficiência em Jesus).
Deus – nosso alívio e salvação
“Bendito
seja o Senhor que, dia a dia, leva o nosso fardo! Deus é a nossa salvação. O
nosso Deus é o Deus libertador; com Deus, o Senhor, está o escaparmos da
morte.” (Salmos 68:19-20)
”Eu
sou pobre e necessitado; ó Deus, apressa-te em valer-me, pois tu és o meu
amparo e o meu libertador. Senhor, não te detenhas!”
(Salmos
70:5)
Não há outro, nem outro lugar que podemos ou devemos
recorrer que não seja o Senhor. Ele é quem nos guarda, quem nos sustenta, quem
nos alivia e nos propicia descanso para as nossas almas. Ele é o nosso
provedor, nossa alegria e nossa paz. Mesmo em muita tribulação, mesmo em muitas
lutas, o descanso, a mansidão, somente procedem do trono de Deus. Pois ele nos
dá o descanso e o conforto que a nossa alma tanto necessita. Mesmo que o corpo seja destruído, mesmo que
tudo pereça, mesmo que percamos todas as coisas que temos; precisamos aprender
a descansar no Deus de nossa salvação.
Quando o Senhor disse que era para largarmos o nosso
fardo e pegarmos o seu, ele estava nos apresentando uma nova forma de viver.
Ele nos trazia uma nova perspectiva de vida. Uma vida não mais baseada na
carne, no pensamento humano; mas agora, na ótica e perspectiva de Deus, onde
valores são alterados, onde prioridades são mudadas.
Por que o fardo do Senhor é leve e o seu jugo é suave?
Por que neles não existe a escravidão do pecado, a
escravidão da nossa natureza humana, do desejo, ansiedade, busca e cobiça de
alcançar as coisas somente para nós, para satisfazer o nosso ego. O nosso Deus
nos apresenta a verdadeira razão de viver, o motivo de depender uns dos outro,
a perspectiva da vida sobre a sua natureza.
Quando compreendemos isso, e temos o entendimento que é
mais importante dar que receber; ajudar que ser ajudado, amar, honrar, abrir
mão do que pensa e acha, é que compreendemos a verdadeira vida que está em Deus
e que ele nos concede por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.
Quando entendemos a natureza e o princípio de vida
contido em Deus, o nosso Deus, e o que nos ensina o Pai, o filho e o Espírito
Santo, então, conseguimos entender a nossa condição de miserabilidade diante da
sua face, e confessamos a nossa inteira dependência. Confiamos que ele é quem
cuida de nós, que nos sustenta, quem nos dá vida e quem nos propicia o
verdadeiro alívio e descanso para as nossas almas.
CONCLUSÃO:
Não existe outro lugar, não existe em ninguém mais o
buscar a vida, nem em nós mesmos, mas aprendemos com o Senhor, que para
vivermos, para experimentarmos a verdadeira vida, precisamos morrer para nós
mesmos, depositar aos pés da cruz o nosso fardo (nossas vidas, nossas
ansiedades, nossas preocupações), e pegar o fardo do Senhor. Pois somente nele
encontramos a verdadeira paz, alívio, descanso e salvação.
Aprendamos a olhar as coisas com os olhos do Senhor, com
a sua natureza, que recebemos no novo nascimento. Mas para que esta vida flua
em nós e através de nós, precisamos morrer para a nossa natureza e consumar na
carne a obra que o nosso Deus fez em Cristo Jesus através da cruz, onde
morremos com ele para este mundo e para nós mesmos.
Amém.
Pr. Luiz Fernando Massunaga
Comunidade Bíblica Adoração. Bauru, 06 de Outubro de
2013.
linda palavra
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