Pages

domingo, 6 de outubro de 2013

DIMINUINDO OS FARDOS ATRAVÉS DO JEITO CERTO DE CARREGÁ-LOS

INTRODUÇÃO

Meus irmãos e minhas irmãs, eu vos saúdo na Paz do Senhor!
(...)
Todos nós já vivemos momentos nos quais nos sentimos cansados e sobrecarregados. Juntamente com esses sentimentos, podemos ter também a sensação de abandono, desânimo, tristeza. A vida moderna nos pressiona com um excesso de atribuições decorrentes dos vários papéis que precisamos desempenhar na família, no trabalho, na sociedade.
Seja qual for o motivo, a melhor coisa que poderia acontecer seria aparecer alguém que nos fizesse sentir que não estamos sós na nossa luta. Já pensou, você está cansado, desanimado, sobrecarregado com as tensões geradas pelas situações difíceis que está enfrentando e de repente recebe um telefonema, uma mensagem de texto, ou a visita de alguém dizendo que todos os seus problemas estão resolvidos? Sim, isso não é impossível, mas, para tanto, é necessário algo da nossa parte.
Quero iniciar a homilia eucarística de hoje com uma ilustração que me surpreendeu muito quando eu a li.

ILUSTRAÇÃO:
O peso de um copo d’água. 

Um conferencista falava sobre gerenciamento da tensão.
Levantou um copo com água e perguntou à plateia:
– Quanto que vocês acham que pesa este copo de água?
As respostas de todos variaram entre 100 e 300 gramas.
O conferencista, então, comentou:
– Não importa o peso absoluto. Depende do tempo que vou segurá-lo. Se o seguro por um minuto, tudo bem. Se o seguro por uma hora, terei dor no braço. Se o seguro durante um dia inteiro, você terá de chamar uma ambulância.
E é exatamente o mesmo peso, mas quanto mais tempo eu passo segurando-o, mais pesado ele vai ficando.
E concluiu:
– Se carregamos nossos pesos o tempo todo, mais cedo ou mais tarde não seremos mais capazes de continuar. A carga vai se tornando crescentemente mais pesada. O que você tem de fazer é deixar o copo em algum lugar e descansar um pouco antes de segurá-lo novamente. Temos de deixar a carga de lado periodicamente, do jeito que pudermos! É reconfortante e nos torna capazes de continuar.
'Se carregamos nossos pesos o tempo todo, mais cedo ou mais tarde não seremos mais capazes de continuar'

Qual é o fardo? Qual é o peso que você carrega? O que tem te angustiado até aqui? O que tem roubado seus sonhos? Tirado seu sono?
Hoje é dia de celebrar a Ceia do Senhor, existe uma mesa preparada diante de nós aqui, e ninguém consegue fazer uma refeição com um fardo sobre suas costas.
Você pode mudar suas perspectivas ainda hoje.
Existe uma maneira melhor de carregar e lidar com todo esse peso.
Sabe como? Eu vou te dizer:
Você que não precisa mais carregar todo esse peso que vem arrastando até aqui sozinho.
Apenas com algumas mudanças na forma de transporte, o peso que leva se tornará relativamente leve, e quando você perceber que não é mais seu esse fardo você estará livre de todo peso. 

Coloquemo-nos em pé, abramos nossas Bíblias em:
Mateus 11. 29. Leiamos:

29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Diante deste texto que nós lemos e diante destas verdades que já temos compartilhado, eu quero vos pregar o seguinte tema:


DIMINUINDO OS FARDOS ATRAVÉS DO JEITO CERTO DE CARREGÁ-LOS.
Mas o que é tomar o jugo de Jesus?

Em primeiro lugar,...
                        F. T.:... Tomar o jugo de Cristo é...
I -... Cumprir as ordenanças do Senhor (Disponibilidade);

DEUS NÃO QUER A NOSSA CAPACIDADE, ELE QUER A NOSSA DISPONIBILIDADE.

2 Co 3:5 diz: “Em nós não há nada que nos permita afirmar que somos capazes de fazer esse trabalho, pois a nossa capacidade vem de Deus.”

A partir do momento que nós olhamos para o Senhor e dizemos: JESUS ME USA, ME USA SOMENTE PARA A TUA GLÓRIAEle vai me usar, Ele vai nos usar e Ele vai nos capacitar, é Dele que vem as nossas habilidades, os nossos talentos. É o Senhor que vai nos capacitar pra gente fazer o que Ele deseja.
Algo interessante, um dia eu estava lendo um livro e numa parte do livro dizia: Vários estudos comprovam que uma pessoa COMUM… uma pessoa Comum. Eu, você, nós. Certo? Tem algum louco aqui? Acho que não né... rsrs
Uma pessoa comum possui de 500 a 700 habilidades diferentes cada uma. Uau!!
Isso quer dizer que VOCÊ possui 500 a 700 habilidades diferentes das minhas, diferentes das de outras pessoas.
Todas as nossas habilidades foi o Senhor que nos deu, para usarmos na Obra Dele.
Agora, se olharmos para dentro da igreja, contando nossas habilidades… 500, 1000, 1500... O espaço será pequeno correto… e aí alguém pode falar… Para, isso é coisa de doido e nós vamos poder dizer isso é coisa de Deus. O nosso Deus é Grande, é Imenso e as Obras do nosso Deus são Grandiosas, vamos olhar para o Céu, imenso, o Mar então, nossa… não vemos fim, e agora olhamos para nós.
VOCÊ É OBRA DE DEUS? ENTÃO VOCÊ É UMA OBRA GRANDIOSA!
Algumas vezes até conseguimos identificar algumas habilidades: Como ela cozinha muito bem… Como ele fala bem em público… ou como ela canta bem, são algumas das muitas habilidades que o Senhor deu, são talentos vindos de Deus, pois foi Ele quem nos fez, nos fez em detalhes, como tudo que fez e faz.
Porém, muitas habilidades nossas estão dentro de nós adormecidas, escondidas muitas vezes por nós mesmos... Ah eu não vou dar o meu testemunho… porque eu vou ter que falar em público, e seu eu gaguejar vão rir de mim, ou, e se eu falar algo errado… ou Ah eu não vou abrir um culto, afinal eu sei pouca coisa… nós mesmos dificultamos e começamos a criar vários argumentos.
Daí você pergunta para o Senhor: Deus, se realmente eu tenho esse monte de habilidades que esses estudos dizem como eu identificarei as minhas? Como? E o Senhor nos responde: Tiago 4:8:
“Aproximem-se de Deus e Ele se Aproximará de vocês” “Cheguem perto de Deus e Ele chegará perto de vocês”.
Assim, a partir do momento que o Senhor está perto de nós, (Ele que é cheio de Poder, de Toda a Glória), as nossas habilidades, os nossos talentos vão sendo revelados e nós através do Espirito sendo conduzidos a fazermos aquilo que Ele quer que façamos aqui na terra.

Em segundo lugar,...
                        F. T.:... Tomar o jugo de Cristo é...
II -... Tornar-se Aluno do Mestre (Humildade para aprender);

DISCÍPULO NÃO ESTÁ ACIMA DE SEU MESTRE
Embora o termo discípulo ocorra 150 vezes nos evangelhos sinópticos, nas palavras de Jesus ele só é encontrado 9 vezes. Isto que dizer quer ditado que vamos meditar é muito importante para compreender como jesus encarava o modelo se de ser discípulo dele.

LIMITAÇÃO, IMITAÇÃO E PARTICIPAÇÃO.

 A LEI DA LIMITAÇÃO: O MESTRE É O LIMITE
“O discípulo não está acima do mestre: todo aquele, porém, que for bem instruído será como seu mestre” (Lucas 6.40). Jesus enunciou assim o princípio da Limitação do aluno ao seu professor. O máximo que um discípulo conseguirá, depois de aprender tudo, é ser igual ao seu mestre. Este princípio vale para a maioria das áreas da vida, mas especialmente para a vida espiritual.
Jesus ilustrou este princípio com a parábola do cego que guia outro cego:
Pode porventura o cego guiar o cego? Não cairão ambos na cova?
O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre. (Lucas 6. 39-40).

Se o mestre for “cego”, seus alunos não serão melhores do que ele.

Lucas 6. 41-44:
E por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho?
Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.
Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto.
Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos.

A LEI DA IMITAÇÃO: O MESTRE É O EXEMPLO
João 13. 15-17:
Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.
Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.

O Princípio da imitação foi enunciado em um momento da vida dos discípulos. Eles estavam recusando a tarefa de lavar os pés um dos outros antes da refeição. Ninguém queria “rebaixar-se” para servir os outros. Jesus levanta-se então da mesa, e tirando sua roupa de cima, começou a lavar os pés dos discípulos.
            Depois perguntou: “Compreendeis o que eu fiz?” A lição era obvia, Jesus enunciou-a com mais clareza ainda quando explicou:

“Se eu, sendo o Senhor e o mestre, voz lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros”. (João 13.14).

O discípulo deve ser imitar seu mestre acima de tudo. Isso é ser cristão. Devemos estar dispostos para realizar qualquer tarefa que o Mestre faria. Vamos imitar o nosso Mestre, pois o discípulo não está acima do mestre.

A LEI DA PARTICIPAÇÃO: O MESTRE É A CONSEQUÊNCIA

(João 15. 20)

Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu SENHOR. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Advertência e privilégio. O discípulo participa da vida e obra do Mestre. Na verdade, o discípulo é o continuador da obra do mestre, de modo que ele também recebe a mesma proposta que o mestre recebeu:

Da mesma maneira que muitos odiaram o mestre, odiarão os discípulos dele.
Da mesma forma que alguns amaram o Mestre, amarão os discípulos dele.

Esta é a lei da participação. O discípulo de Cristo participa daquelas mesmas coisas que Cristo participou. Coisas boas e coisas desagradáveis. É um engano pensar que seremos melhores ou mais bem-sucedidos do que o nosso Mestre. Jesus é o exemplo e limite. Dele não podemos passar. A consequência de ser discípulo é ser tratado como trataram nosso Mestre.

Mateus 10. 24 e 25:
Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor.
Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?

O discípulo recebe as consequências da vida do mestre. Logo depois disto, o texto diz três vezes: “Portanto, não temais” (Mateus 10. 26, 28, 31). Não devemos temer, mas ficar alegres por ser “co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também a revelação da sua glória vos alegreis exultando” (1 Pedro 4. 13).
A maior glória do discípulo é ser identificado com o seu mestre.


APLICAÇÃO:
1.    Escolha bem seu Mestre. Esse lugar pertence somente a Jesus. A quem nós temos seguido?
2.    Imite Jesus. A razão de sermos discípulos é aprender dele e imitá-lo.
3.    Participe da missão de Jesus. Perseguição no meio de pregação foi a marca do ministério de Cristo e dos primeiros discípulos. Também deve ser a nossa marca. Não se trata de buscar uma “oposição gratuita”, mas, sendo como o Mestre, seremos perseguidos.

Em terceiro e último lugar,...
                        F. T.:... Tomar o jugo de Cristo é...
III -... Encontrar alívio somente em Deus (Suficiência em Jesus).

Deus – nosso alívio e salvação

“Bendito seja o Senhor que, dia a dia, leva o nosso fardo! Deus é a nossa salvação. O nosso Deus é o Deus libertador; com Deus, o Senhor, está o escaparmos da morte.” (Salmos 68:19-20)

”Eu sou pobre e necessitado; ó Deus, apressa-te em valer-me, pois tu és o meu amparo e o meu libertador. Senhor, não te detenhas!” 
(Salmos 70:5)

Não há outro, nem outro lugar que podemos ou devemos recorrer que não seja o Senhor. Ele é quem nos guarda, quem nos sustenta, quem nos alivia e nos propicia descanso para as nossas almas. Ele é o nosso provedor, nossa alegria e nossa paz. Mesmo em muita tribulação, mesmo em muitas lutas, o descanso, a mansidão, somente procedem do trono de Deus. Pois ele nos dá o descanso e o conforto que a nossa alma tanto necessita.  Mesmo que o corpo seja destruído, mesmo que tudo pereça, mesmo que percamos todas as coisas que temos; precisamos aprender a descansar no Deus de nossa salvação.
Quando o Senhor disse que era para largarmos o nosso fardo e pegarmos o seu, ele estava nos apresentando uma nova forma de viver. Ele nos trazia uma nova perspectiva de vida. Uma vida não mais baseada na carne, no pensamento humano; mas agora, na ótica e perspectiva de Deus, onde valores são alterados, onde prioridades são mudadas.
Por que o fardo do Senhor é leve e o seu jugo é suave?
Por que neles não existe a escravidão do pecado, a escravidão da nossa natureza humana, do desejo, ansiedade, busca e cobiça de alcançar as coisas somente para nós, para satisfazer o nosso ego. O nosso Deus nos apresenta a verdadeira razão de viver, o motivo de depender uns dos outro, a perspectiva da vida sobre a sua natureza.
Quando compreendemos isso, e temos o entendimento que é mais importante dar que receber; ajudar que ser ajudado, amar, honrar, abrir mão do que pensa e acha, é que compreendemos a verdadeira vida que está em Deus e que ele nos concede por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.
Quando entendemos a natureza e o princípio de vida contido em Deus, o nosso Deus, e o que nos ensina o Pai, o filho e o Espírito Santo, então, conseguimos entender a nossa condição de miserabilidade diante da sua face, e confessamos a nossa inteira dependência. Confiamos que ele é quem cuida de nós, que nos sustenta, quem nos dá vida e quem nos propicia o verdadeiro alívio e descanso para as nossas almas.

CONCLUSÃO:

Não existe outro lugar, não existe em ninguém mais o buscar a vida, nem em nós mesmos, mas aprendemos com o Senhor, que para vivermos, para experimentarmos a verdadeira vida, precisamos morrer para nós mesmos, depositar aos pés da cruz o nosso fardo (nossas vidas, nossas ansiedades, nossas preocupações), e pegar o fardo do Senhor. Pois somente nele encontramos a verdadeira paz, alívio, descanso e salvação.
Aprendamos a olhar as coisas com os olhos do Senhor, com a sua natureza, que recebemos no novo nascimento. Mas para que esta vida flua em nós e através de nós, precisamos morrer para a nossa natureza e consumar na carne a obra que o nosso Deus fez em Cristo Jesus através da cruz, onde morremos com ele para este mundo e para nós mesmos.
Amém.



Pr. Luiz Fernando Massunaga

Comunidade Bíblica Adoração. Bauru, 06 de Outubro de 2013. 

Um comentário: