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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A parábola do Bom Samaritano

Lucas 10 v. 30-35
Parábola era uma forma muito comum em que Jesus ensinava a seus discípulos e aqueles que o seguiam, Ele usava para que todos compreendesse a palavra.
Jesus conta essa parábola para nos demonstrar o amor, a quem devemos amar e de que forma devemos amar.
Havia dois caminhos para se chegar a Jericó, um era mais longo e mais seguro, outro mais curto e perigoso. Alguns estudiosos chegaram a dizer que era intitulado como “Caminho Sangrento” pelo grande número de crimes ali cometidos, um lugar cheio de malfeitores.
Certo homem decidiu descer a Jericó pelo caminho mais curto, sem imaginar o que poderia acontecer com sua vida, da crueldade dos salteadores que por ali estavam à palavra diz que bateram naquele homem, tiraram as suas roupas, espancaram e deixaram quase morto.
Mas por aquela mesma estrada apareceu duas figuras importantes para aquela época, o Sacerdote e o Levita.  Ambos tinham a função através de seu ministério de estender as mãos aos necessitados.
Mas o que eles fizeram?
Fugiu de suas responsabilidades, por medo, covardia... talvez!
Mas logo após nesse mesmo caminho apareceu o personagem mais importante desta parábola, o Samaritano, a palavra diz que ele estava de viagem, estava passando por aquele caminho, mas vendo aquela cena, o homem caído, ensanguentado, sujo, ferido aparentando estar morto.
O Samaritano foi ao seu encontro, teve compaixão, limpou suas feridas, derramou azeite e vinho em suas feridas, cuidou dele e o levou para a estalagem e deixou aos cuidados do hospedeiro.
Podemos ver esse Bom Samaritano como Jesus em nossas vidas, Ele nos vê caídos, perdidos, tristes, doentes, fracassados e se move de intima compaixão, nos abraça, limpa nossas feridas da alma, do corpo, do coração, e coloca o azeite, derrama o balsamo que alivia que refrigera e que tira toda a dor.
Ele derrama sobre nos o azeite e o vinho, que é o símbolo do Espirito Santo, o sangue purificador de Jesus.
Jesus usa sua própria condução, seu meio de transporte, que são seus braços poderosos que nos protegem nos dá abrigo seguro, Ele nos deixa na estalagem, Ele não nos abandona, Ele deixou pago com seu próprio sangue na cruz do Calvário.
Hoje a estalagem são nossas igrejas, onde somos cuidados por almas preciosas que são nossos pastores que zelam que orientam que intercedem por nós.
É hora de meditarmos, temos dado o devido valor ao Bom Samaritano, temos sido gratos?
 Temos permanecido em nossos lugares, ou estamos tentando dar uma volta em Jericó?
Estamos atentos a tudo aquilo que Jesus tem feito por nós, nos guardando, nos restaurando.
Temos praticado esse ensinamento de Jesus?
No final desta parábola Jesus diz: “Vá e faça o mesmo” temos que seguir os passos de Jesus.
Que o amor, a fé e a esperança estejam em nossos corações.
                                   Luciana Nardini

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Deus tem sempre mais

II Reis 5:1- 8
Porque a palavra nos diz que Deus tem mais. Ele nos dá infinitamente mais, muito além daquilo que pedimos ou pensamos.
Um indivíduo chamado Naamã, primeiro ministro de guerra da Síria. O exército mais poderoso da época, o texto diz que o Senhor dera vitória a Síria através de Naamã, mesmo ele sendo estrangeiro Deus era com ele.
Homem bem sucedido em todos os aspectos de sua vida, bem casado, bens materiais. Porém ele tinha uma doença degenerativa chamada lepra, que ia tirando sua sensibilidade, corroendo seu corpo aos poucos. Um cara bem sucedido, porém não totalmente feliz, ganhava dos inimigos, mas não conseguia ganhar a guerra contra a lepra.
Em uma de suas investidas das batalhas contra Israel, Naamã, sem querer, não tinha noção do que estava fazendo, pega uma garotinha, uma menina e leva essa garota como escrava  para trabalhar dentro de sua casa, claro que ela foi contra sua vontade.
Naamã não sabia que essa garota vem da linhagem do povo de Deus. No coração e mente daquela menina está a presença de um Deus Todo Poderoso que Naamã não conhecia.
Quando Naamã vem com a garotinha ela vem com a palavra de Deus. E onde a palavra de Deus entra o milagre vem logo atrás. A garota vem trabalhar na casa de Naamã, com a mulher dele.
Essa garota tinha tudo para ter o coração azedo. Estava trabalhando como escrava na casa do homem que liderou a invasão contra sua terra natal.
Porque muitas vezes a crise pode azedar o nosso coração!
Aquela garotinha não estava onde ela queria, mas estava onde Deus queria que ela estivesse. E nós precisamos entender que muitas vezes Deus nos leva a um local onde não estamos a fim de ir.
Nem sempre nós vamos estar onde queremos, porque nós não somos donos de nossas vidas, nós temos um Senhor que comanda!
E quando Deus nos leva para um lugar onde não queremos ir, não podemos deixar nosso coração azedar, não deixe o ambiente mudar a sua história. Mude a história do ambiente onde você está inserido.
A garotinha usada por Deus fala para a mulher de Naamã. Se Naamã, meu senhor, for lá em Samaria, lá tem um profeta da qual ele pode ser curado.
Mas quanto valia a palavra e uma mulher naquela época, ainda sendo estrangeira e nova, a palavra dela não valia nada. Só que a palavra só não vale nada quando não tem testemunho.
Porque quando a palavra é precedida por um testemunho de vida ela começa a ter peso. A garotinha só não falava que Deus era Poderoso, ela vivia um Deus Todo Poderoso na sua história.
A mulher de Naamã então vai até ele e diz sobre a garota.
Naamã ouve o que aquela garotinha havia dito, nasce ali uma esperança no coração dele, mudanças, cura!
Naamã vai até o rei da Siria e fala com ele.
O rei escreve uma carta autorizando a ir, mandando levar consigo ouro e vestes. Entrega a carta ao rei e manda lhes ler a carta.
Naamã organiza sua comitiva e parte para Samaria, chega a Samaria e se dirige ao Palácio e vai até ao rei e lhe entrega a carta.
O Rei fica desesperado! Rasga suas vestes.
A notícia chega até a Elizeu, onde Elizeu manda seu porta voz (versículo 8)
A garota fala para Naamã procurar o profeta e ele procura o Rei.
Preste atenção!
A menina representa o evangelho e o evangelho aponta para uma pessoa, Deus!
E todas as vezes que procurarmos solução em outro lugar que não seja Deus, vamos nos decepcionar.
Nunca perca o foco em Deus!
Nossas vidas não podem estar em mãos de homens, nossas vidas tem que estar nas mãos de Deus, Ele nunca nos desaponta!
Por isso, Naamã ficou decepcionado, confiou na pessoa errada. Mas Elizeu quer falar com Naamã e manda ele ir ter com ele.
Naamã vai até a casa de Elizeu, Jazi o mensageiro atende a Naamã, que vai até a Elizeu e diz que Naamã esta lá fora a sua espera.
Elizeu diz para o mensageiro falar com Naamã. Vá até o Rio Jordão e de sete mergulhos lá!
Naamã ficou furioso( versículo11)
Naamã querendo fazer planos para Deus agir, para Deus o curar, nós também fazemos desta forma.
Naamã ficou nervoso e queria ir embora, mas seus companheiros o incentivaram a mergulhar. Era sua única esperança, Naamã então foi até ao Rio Jordão.
Primeiro mergulho nada, segundo mergulho nada, terceiro... quarto.. quinto... sexto, sétimo mergulho Naamã sai curado.
Naamã volta para a casa de Elizeu (versículo 15)
Ele foi buscar a cura para o seu corpo, mas a Bíblia diz que Deus tem mais.
O desejo de Deus é trazer uma felicidade plena para os seus Deus tem muito mais do que acreditamos ou precisamos. Deus tem mais!
O alerta de hoje é olharmos para Deus nesta trajetória e acreditarmos que Ele faz além do que precisamos.
Que no nosso dia a dia, possamos agir como aquela garotinha, com tantos motivos para ter o coração azedo, mas ela não permite que aquilo penetrasse em seu coração.
Olhe para Deus, procure somente em Deus o socorro, Ele é o nosso socorro.
Qual é a sua lepra? Deposite nos rios do Senhor!
                                    Roberta Luciane 

segunda-feira, 16 de março de 2015

QUE É NECESSÁRIO QUE EU FAÇA PARA ME SALVAR

Texto: E tirando-os para fora disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e tua casa (Atos 16.30,31).
Já era quase meia noite quando ocorreu o terremoto que escancarou as portas em que Paulo e Silas estavam presos por causa da pregação do Evangelho. Mesmo presos estavam felizes, pois oravam e cantavam hinos a Deus (Atos 16.23-29).
A pergunta do carcereiro é a mesma que as pessoas continuam fazendo hoje. Pensam que muitas coisas devem ser feitas para serem salvas. E com certeza estão dispostas a cumprirem tudo quanto lhes for ordenado. O carcereiro certamente esperava ouvir uma série de ordenanças a serem observadas. No entanto, ouviu uma só coisa – Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo. É de fundamental importância atentar para o fato de que a salvação não depende de que se faça alguma coisa, e sim, de que se creia no que já foi feito. Não é fazer, mas crer.
A salvação para todo ser humano é uma obra já consumada por Cristo. Quando estava na cruz, as últimas palavras que Ele proferiu antes de render o espírito foram: Está consumado (João 19.39). Portanto, nada mais resta a ser feito. É somente crer e aceitar.
A salvação é um dom gratuito de Deus ao pecador que só pode ser recebido pela fé, como está escrito em Efésios 2.8,9 – Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie.
Note que a morte de Cristo foi a morte de um justo, como está escrito: Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos para levar-nos a Deus (I Pedro 3.18). Ninguém mais, senão Jesus poderia morrer no lugar do pecador, pois não há um justo, nem um sequer (Romanos 3.10). Evidente que um homem pecador nada poderia oferecer em prol da salvação de outro e nem por si mesmo. O pecador, portanto, não pode salvar a si mesmo. Depende inteiramente de Cristo para ser salvo. E foi justamente para esse fim que Ele veio conforme Ele mesmo disse: Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lucas 19.10). 
Sendo assim, creia em Cristo e receba gratuitamente a salvação que foi conquistada por um elevado preço – a morte de Cristo, como disse Pedro em sua Primeira Epístola 1.18,19: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis como prata ou ouro que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes de vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um Cordeiro imaculado e incontaminado. Amem.

Pr. Dionísio Beltrame.

quinta-feira, 5 de março de 2015

VOCÊ SABE QUEM É JESUS?

TEXTO: Por isso vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque se não crerdes que ‘eu sou’, morrereis nos vossos pecados (João 8.24).

Esta identificação de Jesus como ‘eu sou’ é essencial para que alguém saiba quem é verdadeiramente Jesus e seja salvo. Neste mesmo capítulo no versículo 58 o Senhor Jesus volta a afirmar a Sua existência eterna dizendo: Em verdade, em verdade vos digo: Antes que Abraão existisse ‘eu sou’.  Tal afirmação fez com que os judeus pegassem em pedras para atirarem nele. Isto em virtude de entenderem perfeitamente que Jesus arrogava a Si o nome divino, ou seja, a divindade.
Foi com esse nome que Deus se identificou a Moisés na sarça ardente dizendo: Eu Sou o que Sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós (Êxodo 3.14). Os judeus acusavam Jesus do pecado de blasfêmia, visto que sendo Ele homem se fazia Deus a Si mesmo como na seguinte passagem: Eu e o Pai somos um. Novamente pegaram os judeus em pedras para lhe atirar. Disse-lhes Jesus: Tenho vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais? Responderam os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos e sim por causa da blasfêmia, pois sendo tu homem te fazes Deus a ti mesmo (João 10.30-33).
A mulher samaritana disse a Jesus: És tu, porventura, maior do que o nosso pai Jacó? (João 4.12).  Os judeus disseram: És maior do que o nosso pai Abraão que morreu? Também os profetas morreram. Quem, pois, te fazes ser? (João 8.53). Os cidadãos de Nazaré, cidade onde Jesus fora criado, vendo os sinais que Jesus fazia e ouvindo o seu ensino diziam: Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto? (Mateus 13.55).
Observe que conhecer Jesus simplesmente como um homem operador de milagres ou um grande mestre, ou mesmo ainda como o maior dos seres criados como ensinam as Testemunhas de Jeová e não como o verdadeiro Deus, resulta em condenação eterna conforme o texto desta mensagem: Se não crerdes que ‘eu sou’morrereis nos vossos pecados. Morrer nos pecados é morrer condenado para sempre.
Jesus disse:
Eu sou o pão da vida; o que vem a Mim jamais terá fome e o que crê em Mim jamais terá sede (João 6.35).
Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, pelo contrário, terá a luz da vida (João 8.12).
Eu sou a porta; se alguém entrar por Mim será salvo (João 10.9).
Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas (João 10.11).
Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá (João 11.25).
Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim (João 14.6).
O que o Senhor Jesus representa para você? Um grande homem? Um grande Mestre? Um grande líder religioso? Isso não basta. Para ser salvo terá que aceitá-Lo como o Verdadeiro Deus e a Vida eterna (I João 5.20). Amém.


                                                        Pastor Dionísio Beltrame.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

COMO SABER SE NASCI DE NOVO?


Encontramos no livro do Evangelista João Capítulo Terceiro, o desejo de um homem de conhecer melhor a Jesus. Este acompanhava os feitos do Mestre, estava sempre atento a tudo o que ela realizava, porém ainda não o conhecia pessoalmente, apesar de este desejo ser latente em seu interior. Certo dia ele tomou a seguinte decisão. Hoje eu vou procurá-lo. Acredito que ele ficou o dia todo arquitetando o teor da sua fala de apresentação. Chegando a noite foi ao encontro. Aproximando-se de Jesus e dando início ao diálogo, passou a tecer-lhe comentários elogiosos. Após ouvir com atenção toda sua apresentação, Jesus responde a este homem com as seguintes palavras: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.  Neste momento da conversação, um nó foi dado na cabeça de Nicodemos, e ele pergunta. Como pode um homem nascer de novo sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? Jesus diz: Não Nicodemos, o que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é espírito.  Este responde e diz: Como pode ser isso? Jesus diz: Sabe Nicodemos, o novo nascimento é indispensável e sem ele não se pode conhecer a graça divina em sua plenitude. O que ele disse para aquele homem foi o seguinte. Antes de alguém considerar importante o seu relacionamento com Deus, para conhecê-lo é necessário o novo nascimento, isto é, o começo de uma nova vida. O novo nascimento produz uma mudança no estilo de vida. Parece-se com o nascimento físico em que ambos constituem o início do crescimento. Agora então surge a seguinte pergunta: Como posso saber se nasci de novo?
Apresentamos alguns pontos que te ajudará na resposta;
·         Para a pessoa nascida de novo, Jesus passa a ser o centro de sua vida. Tem início uma relação pessoal com o filho de Deus;
·         A pessoa nascida de novo tem profundo interesse no estudo da Bíblia. Em (1º. Pedro 2.2), o apóstolo descreve isto como desejando ardentemente o genuíno leite espiritual;
·         Aquele que nasceu de novo considera muito importante sua vida de oração. Descobre que falar com Deus é parte vital do relacionamento que leva a conhecê-lo (João 17.3);
·         O Cristão nascido de novo busca uma diária experiência com Cristo (Lucas. 9-23);
·         Um dos primeiros sintomas do novo nascimento é a paz interior (Rm. 5.1);
·         Finalmente a pessoa nascida de novo tem o desejo de contar a alguém que maravilhoso amigo encontrou em Jesus.
·         E você já nasceu de novo?

Pastor Edson Beltrame

Comunidade Bíblica Adoração

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Andando como Jesus andou.


Texto: I João 1.5-7.                       

Tese: De que forma deve-se andar como Cristo andou?                       

Introdução:
            Existe um ditado antigo que diz: diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és; Porém há outro melhor que diz: diga-me como tu andas e eu te direi se Jesus é o Senhor da sua vida.
Cristo é o maior paradigma da Igreja. A verdade é confirmada pelo apostolo João quando afirma que devemos andar como ele andou. Em pensamento similar, o apóstolo Pedro afirma que Cristo nos deixou um grande exemplo, e conclui dizendo que devemos seguir as suas pisadas (1 Pe 2.21). O apostolo Paulo por sua vez, declara que devemos ser imitadores de Cristo (1 Co 11.1). Jesus, inquestionavelmente é o nosso maior modelo. Viveu nesta terra e não pecou. A igreja tem o MINISTÉRIO de dar continuidade a sua missão.
            Como liderados devemos seguir o exemplo de nosso líder que é Cristo. Mas, de que forma devemos andar como Cristo andou? Nesta mensagem apresentarei alguns princípios deste andar de Cristo que deve caracterizar a Igreja hodierna.  Como Cristo andou?

I - Cristo andou em obediência

1. Cristo andou de forma digna (2 Cor 5.21; 1 Pd 1.21,21, 23) - Cristo deixou-nos um exemplo de vida santa e digna. Postou-se corretamente diante de todas as circunstâncias. Foi tentado, mas não cedeu a tentação. Foi injuriado, mas não revidou com injúrias. Dignidade era a sua marca. Cristo viveu desta forma porque vivia em obediência. Estava cônscio da importância de sua missão. Nunca semeou contendas, pelo contrário, apregoava o amor e a união. Não deixou de pagar o imposto a César. Cumpriu com o seu dever de cidadão! A vida de Cristo é contada em quatro evangelhos e nenhum deles menciona  falcatruas por parte do Messias. Vivia de forma digna, íntegra e honesta. A dignidade de Cristo o credencia a chegar ao patamar de maior líder que já existiu ao longo dos séculos.

2. Foi obediente em todas as circunstâncias (Fp 2.8) - Cristo jamais se insubordinou as autoridades. Sendo Deus, compareceu a várias audiências onde homens pecadores o julgavam, mesmo assim obedeceu as autoridades civis de sua época. Um Deus obediente? Obedecia a quem? Obedecia ao seu próprio caráter que é essencialmente bom. Obedeceu a sua missão. Rebeldia e revolta não fazia parte do cabedal de atitudes de Cristo. Quando o procuraram para liderar uma revolta contra os romanos, Cristo não transpareceu desejo de aceitar a proposta. Permanecia obediente a Si mesmo, a Deus e a sua missão. Podemos apregoar a máxima que Cristo foi obediente até a morte.

3. Guardou a Palavra de Deus (Mc 2.2) - Cristo estudou e guardou o Velho Testamento em seu coração e mente. Citava-o em seus discursos. Ensinou a palavra ao povo no templo, nas sinagogas, nas casas, nas ruas, nas estradas e nas praias. Fez das ruas a sua sala de aula, dos montes a sua plataforma, dos barcos a sua tribuna e ensinava com maestria invulgar a Palavra de Deus que guardara em seu coração. Venceu o inimigo no deserto através da Palavra. Seu coração estava transbordando com a Palavra de Deus. Conhecia as profecias bíblicas e sabia discernir quando as mesmas estavam se cumprindo em seu ministério. Além de um exímio orador, Cristo também era exegeta. Fazia de forma incomparável a hermenêutica dos textos Sagrados. Amava a Palavra. Em muitos dos seus discursos salientou a importância da mesma na vida daqueles que aspiram em cumprir os propósitos de Deus. (João 5.39, Mateus 22.29).

II - Cristo andou em humildade

1. Foi humilhado e não abriu a sua boca (Is 53.7) - Cristo recebeu o maior peso de humilhação que um homem poderia receber. Foi humilhado publicamente pelos seus compatriotas, esbofetearam a sua face e cuspiram-lhe no seu rosto. Não revidou. Não abriu a sua boca. Permaneceu sereno diante da tempestade da humilhação.

2. Sendo Deus não usou indevidamente o seu poder (Mt 4.1 - 11) - Não usou o seu poder para benefício próprio e sim para benefício do próximo. Duvidaram do seu caráter e as pessoas colocaram em xeque a sua identidade messiânica. No episódio da crucificação, não desceu da cruz para provar que era Deus, no episódio da tentação não cedeu aos caprichos questionativos de Satanás. Nunca precisou provar nada para ninguém. Os questionamentos dos outros não suscitava o seu orgulho, permanecia humilde diante da chuva de críticas pejorativas.

3. Não permitiu que o orgulho entrasse em seu coração (Mt11. 29) - Jesus humilhou-se a si mesmo. A humildade foi uma característica indelével de Jesus. Estava intrínseca em sua personalidade e manifestava através de suas ações. Quando operava um milagre o povo manifestava o desejo de aplaudi-lo e honrá-lo, Jesus fugia dos aplausos do povo. Retirava-se. Preferia o deserto à honra pública. Optava pelo anonimato do que pela celebrização do seu ministério profícuo. A fama, a aceitação pública, o poder de exercer liderança sobre grande multidão não mexia com o seu orgulho, não corrompia a sua personalidade. Andou com os pobres, sentou-se a mesa com os rejeitados pela sociedade. Viveu em humildade e teve embasamento para dizer com muita propriedade: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.   

III - Cristo andou em amor

1. Sentia compaixão pelo povo (Mt 14.14) - Cristo não viveu encaramujado no seu “eu”, não viveu enclausurado na satisfação de si mesmo. Estava atento a necessidade do próximo. O clamor do povo tocava a sua sensibilidade e fazia tremer o seu coração. Não tratava o próximo com indiferença. Era empático. Dava atenção aos excluídos pela sociedade. No episódio da multiplicação quando viu que o povo estava com fome, não os despediu de barriga vazia, providenciou alimento para a multidão. Chorou quando viu a angústia do povo de Betânia pela morte de Lázaro. Chorou com os que choram! Consternou-se diante dos problemas do povo. Sentia compaixão. A compaixão é uma autêntica expressão de amor.

2. Seu amor era prático (Mt 4.23,24) - O amor de Cristo não estava preso somente aos seus belos discursos. Não era apenas teórico. O amor de Cristo transbordava através de suas atitudes. Cristo é a personificação do amor genuíno que emana da parte de Deus. Os mais belos sermões de Cristo não foram pregados verbalmente, foram proclamados através de atitudes. Curou enfermos, alimentou os necessitados, incluiu os excluídos e deu atenção aos que não era notados. Um exemplo clássico de um sermão ministrado por Cristo através de atitudes é o episódio da mulher adúltera. Em meio às acusações que sentenciavam aquela mulher ao apedrejamento, Jesus permanecia sereno escrevendo na areia. Não ouviu a voz da multidão que como uma correnteza tentava levá-lo a concordância. Ouviu o brado do amor que se manifestava através do perdão. Que belo sermão o ato de escrever na areia. Em vez de se juntar aos acusadores daquela mulher, advogou a sua causa e conquistou o veredicto do perdão. Seu amor era teórico e prático.

Ilustração:
            Certa vez, um jovem rico se aproximou de Jesus com a seguinte interrogação: “O que eu devo fazer para ser salvo”?
            Jesus Cristo disse que deveria guardar os mandamentos. Com orgulho disse que desde a sua tenra juventude já sabia todos os mandamentos. Havia decorado todos. Na prova de amor teórico tiraria dez. Mas, para a surpresa daquele jovem Jesus apontou-lhe um outro caminho para conquistar o que desejava. Jesus disse-lhe: “Vai e vende tudo o que tens e dá aos pobres, depois vem e segue-me”. Em outras palavras Jesus queria dizer: “Agora chegou à hora de você aplicar este amor na prática”. O jovem abaixou a cabeça e saiu frustrado. Seu amor era teórico e não prático.

3. Morreu na cruz do calvário por amor (Jo 15.13; Rm 5.8) - A maior prova do amor de Cristo foi demonstrada na cruz do calvário onde Cristo se entregou no afã de redimir a humanidade dos seus pecados. A sua morte na cruz foi a expressão máxima de amor demonstrado nesta terra. Foi factual! Selou o seu amor com sangue! Com dor! O seu amor venceu as zombarias, as humilhações, os escárnios, as afrontas, os algozes, venceu as chicotadas, as torturas. Venceu o peso da cruz, a dor dos pregos! Venceu a massacrante coroa de espinho que apertava a sua cabeça. Venceu a traição de Judas e o abandono de Pedro no momento mais crucial da sua vida. Venceu os pecados de toda a humanidade. Venceu o túmulo, a morte, as leis do ciclo da vida. Venceu o inferno e todas as hostes espirituais malignas monitoradas por Satanás. Amor guerreiro! Amor de “tal maneira”! Amor forte! Amor incomparável! Amor infinito! Amor sublime! Esse “amor” que falta palavras para o qualificá-lo é o amor do meu Jesus.
Aplicação:
            Obediência, humildade e amor são princípios que devem fazer parte do nosso cabedal de atitudes. Como é difícil cultivar estes princípios no mundo moderno. Temos dificuldade em obedecer. Temos dificuldades em lhe dar como os nossos superiores. A verdade é que ninguém gosta de receber ordens. Ninguém gosta de estar subordinado a alguém. Mas, como seguidores de Cristo devemos andar em obediência, seguir as leis, obedecer aos nossos líderes, aos nossos pastores e principalmente devemos obedecer a Palavra de Deus. Deus se agrada da obediência. Prefere a prática da obediência do que a prática de sacrifícios. Na verdade, o sacrifício sem a obediência para nada serve.
            A humildade deve ser uma marca da Igreja. Vivemos em um mundo onde a lei do mais forte vigora. As pessoas se exaltam no objetivo de crescerem. É a cadeia alimentar social. Neste sistema, a humildade é excluída. Ser humilde é tolice, é demonstrar fraqueza. O orgulho campeia no coração das pessoas. Mas, Cristo nos deixou uma mensagem diferente da pregada na atualidade. O caminho correto não é exaltar-se, pelo contrário, é humilhar-se. Através da humildade conquistamos lauréis. Vencemos adversidades não de forma vergonhosa, mas sim de forma honrosa. A humildade vence a discórdia, sepulta as inimizades, derrota o orgulho e triunfa sobre as desavenças. A torre da humildade deve estar presente no arraial cristão.
            O amor é outro princípio que extraímos do andar de Cristo pela face da terra. Deus não apenas falou sobre a importância do amor estando no céu, mas desceu a terra para provar e atestar a veracidade do seu amor pela humanidade. O verbo se fez carne! O amor é a virtude na qual gravitam todos os mandamentos bíblicos. Devemos praticar o mandamento do amor. O nosso amor não deve ser apenas teórico, mas também prático. Amar é preocupar-se com o próximo, é alimentar os que têm fome, é dar atenção aos excluídos. O amor não é uma condecoração que você põe no peito e diz: “Eu tenho amor”. O amor é vivência. Deve manifestar-se através de nossas atitudes. Quem ama não magoa, não entristece o próximo. Se a Igreja praticasse verdadeiramente o mandamento do amor metade de seus problemas internos estariam resolvidos. Cristo nos apresentou o caminho. Deixou as pegadas. Exemplificou a forma correta de andar. Agora é nosso dever andar como Cristo andou!

Conclusão:


Neste sermão aprendemos sobre a importância de andarmos como Cristo andou. Vemos que Jesus nos deixou um exemplo de andar em obediência, dignidade era a sua marca, foi obediente em todas as circunstâncias porque guardava a Palavra de Deus em seu coração. Vemos também que Cristo nos deixou o maior exemplo de humildade, foi humilhado, mas não abriu a sua boca. Não usou indevidamente o seu poder. Sendo Deus permaneceu humilde diante das afrontas e críticas que foram lançadas sobre ele. E, por fim, vemos a andar de Cristo em amor. Ele sentia compaixão pelo povo, seu amor era prático e morreu na cruz do calvário como atestado deste incomensurável amor. Aprendemos que devemos andar como Cristo andou. Amem.

                                        Pr. Luiz Fernando Massunaga